Postado em 10 de Março de 2015 às 17h49

    Franchising brasileiro fatura R$ 127,331 bilhões em 2014

    Uma indústria resiliente e que se mostra vigorosa especialmente quando a conjuntura econômica é desfavorável. Este é o sistema de franquias no Brasil, cujo Balanço Final de 2014 foi divulgado hoje pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Os dados oficiais consolidados foram apurados pela entidade ao longo de todo o ano passado, compondo uma série de quatro Pesquisas Trimestrais de Desempenho do Franchising. O franchising cresceu 7,7%, registrando um faturamento da ordem de R$ 127,331 bilhões no ano passado.


    “A trajetória ascendente do faturamento do setor é uma demonstração clara do virtuoso ciclo de desenvolvimento do sistema de franquias brasileiro, amadurecido - regulamentado pela Lei do Franchising, 8.955/94 - que acaba de completar vinte anos”, avalia a presidente da ABF, Cristina Franco.

    Parte da cadeia do varejo, o franchising revela, por seus resultados ao longo do tempo, estar contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico brasileiro. Quanto à geração de empregos diretos, o estudo da ABF aponta que o sistema de franquias aumentou em 6,5% o número de postos de trabalho gerados, passando de 1.029.681 para 1.096.859, em 2014.

    “O franchising é berço do primeiro emprego e celeiro de empreendedorismo, oferecendo ao investidor chances de resultados potencializados pela própria natureza do negócio em rede, testado, com padrões pré-definidos, ganho em escala, treinamento e marcas consolidadas”, afirma Ricardo Camargo, diretor executivo da entidade.

    Em termos comparativos, do total de 396.993 empregos formais criados no Brasil em 2014 (segundo o Ministério do Trabalho), o franchising respondeu por 67.178 deles – o equivalente a 16,9% dos empregados registrados no período, enquanto a indústria reduziu as contratações em 3,2%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários do IBGE.

    “É de grande relevância para o franchising brasileiro contribuir para gerar emprego e renda, por meio de uma indústria cada vez mais profissionalizada”, observa a presidente da ABF. Ainda segundo Cristina Franco, os investimentos das redes em treinamento e capacitação de pessoas têm contribuído para que o setor cresça mesmo em períodos de instabilidade econômica.

    O levantamento da ABF registrou uma expansão de 9,8% das unidades de franquia em operação no País. O número de pontos de venda das redes subiu para 125.641, o que representa a abertura de 11.232 unidades.

    Reconhecido pelo reduzido risco de investimento, o franchising manteve também um baixo índice de fechamento de negócios. De acordo com o levantamento, a mortalidade de empresas no sistema de franquias foi de 3,7% em 2014. O índice de mortalidade dos negócios tradicionais, segundo o SEBRAE, é de 24,9% em dois anos.

    “Nossa recomendação aos franqueadores é mantermos o setor em crescimento, melhorando a performance de cada unidade franqueada”, explica Cristina Franco. Nesse sentido, a ABF está investindo pesado na oferta de cursos e treinamentos tanto para quem deseja ingressar no sistema como para os empresários que já atuam no franchising.

    Por meio do franchising, as marcas levam produtos e serviços para todos os cantos do País. De acordo com o levantamento da ABF, o índice de municípios brasileiros com operações de franquias em 2014 é de 37,8%. São Paulo (16,5%), Rio de Janeiro (7,4%) e Belo Horizonte (2,4%) são os municípios com maior número de unidades franqueadas.

    O movimento de interiorização do franchising é exemplificado pela presença de marcas em 2.108 municípios do País.

    O lançamento de novas redes de franquia no mercado nacional avançou 8,8% em 2014 comparado ao ano anterior. De acordo com o estudo, o número de marcas saltou de 2.703 para 2.942 no período, o que equivale à entrada em operação de 239 redes no País, em todos os segmentos do franchising. Em alimentação, por exemplo, ingressaram no sistema: Crepelocks, Fry’s, Keiretsu, O Bom Galeto.

    Em Casa e Construção, destaca-se a Arte Própria. Em vestuário, a Live!. No segmento de Esportes, Saúde, Beleza e Lazer, a Só Socks, Natural Quality, entre outras. Em Acessórios Pessoais e Calçados, a NYS Collection.

    “Em todos os fóruns e organismos internacionais que participamos como representantes do franchising brasileiro, constatamos que o País alcançou uma posição de destaque por seu desempenho”, declara o diretor executivo da ABF.

    O número de 2.942 marcas de franquia existentes no Brasil em 2014 posicionou o país em quarto lugar no ranking mundial do World Franchise Council (WFC). No topo da lista está a China, com 4.000 marcas; os Estados Unidos subiram do quarto para o segundo lugar, com 3.828 marcas, seguido da Coréia do Sul, com 3.691 redes.

    Já em relação às unidades em operação, o Brasil manteve a sexta colocação no ranking do WFC, com 125.641 unidades. O ranking é liderado pelos Estados Unidos (769.683), com a China em 2º lugar (330.000), Japão em 3º (252.514), Coréia do Sul em 4º (203.349) e Filipinas na 5ª posição (130.000).

    A ABF também faz uma análise por segmento de forma relativa, isto é, cada segmento é comparado com o seu próprio desempenho em relação ao ano anterior. Os dados apurados confirmam o que já sinalizavam as pesquisas trimestrais de desempenho do franchising no ano passado.

    Em 2014, o segmento que mais cresceu sobre ele mesmo foi o de Comunicação, Informática e Eletrônicos, com faturamento 27% maior do que em 2013. O aumento do número de empresas prestadoras de serviço e agências digitais, além da crescente venda de smartphones, computadores e aparelhos de TV favoreceram a expansão desse mercado. Entre as marcas que atuam nesse segmento estão a loja de eletrônicos virtual Nexar e as agências de marketing digital Guia-se Negócios pela Internet e Ligue Site.

    Em segundo lugar está o segmento de Acessórios Pessoais e Calçados que cresceu 19% no ano passado. Fatores como o ingresso definitivo das mulheres no mercado de trabalho e a melhora do poder aquisitivo da classe média são os grandes impulsionadores desse segmento. São exemplos neste mercado Chilli Beans, Morana e Óticas Carol.

    Na sequência, Casa e Construção foi o terceiro segmento que apresentou maior variação de faturamento: 17% a mais de 2013 para 2014. A pesquisa revela que o mercado de manutenção doméstica, decoração, colchões e itens para pequenos reparos alavancaram esse crescimento, mesmo com o setor de construção civil apresentando sinais de desaquecimento. São representantes desse segmento as marcas Anjos Colchões, First Class (cama, mesa e banho) e Multicoisas (utilidades e reparos domésticos).

    Ao avaliar a participação dos segmentos na composição do faturamento do setor em 2014, o estudo da ABF é liderado por Negócios, Serviços e Outros Varejos, que responde por 21% de participação. Nesse segmento estão agrupadas várias atividades de negócio distintas, o que justifica essa participação no desempenho geral. Entre as marcas classificadas nesse segmento estão AM PM Mini Market, BR Mania e Correios.

    O segmento de Alimentação é responsável por 20,1% do faturamento do franchising nacional, ocupando o 2º lugar. Resiliente, o segmento de alimentação é bastante ágil e aproveita de forma criativa todas as oportunidades do mercado.

    O terceiro segmento mais representativo do sistema é o de Esportes, Saúde, Beleza e Lazer, com 18,3%. Seguindo as tendências do mercado e o desejo dos consumidores, as marcas desse segmento oferecem uma gama enorme de produtos e serviços voltados para a qualidade, bem estar e estética, que cabem no bolso de brasileiros de todas as classes sociais.

    Os dados apurados pela ABF indicam que dentre as 2.942 redes existentes no Brasil, cerca de 94,4% são originalmente nacionais. Desse total, 106 marcas possuem presença internacional, sendo 96 com operações em 51 países e 10 redes que realizam exportação.

    Os segmentos com maior participação no exterior são Esporte, Saúde, Beleza e Lazer, com 18,30%; Acessórios Pessoais e Calçados, também com 18,30% e Alimentação, 16,10%. Ainda de acordo com o estudo, a presença de marcas estrangeiras no Brasil é de 5,6%.

    Essa modalidade de negócio cresceu 14,7% de 2013 para 2014. O desejo de ter o próprio negócio com um pequeno investimento inicial - até R$ 80 mil – é o grande motivador do avanço das microfranquias. Para atender esse empreendedor, em 2014, registrou-se também um movimento de empresas oferecendo modelos híbridos, ou seja, franquias tradicionais adotando modelos de microfranquias sob a mesma marca. Das 2.942 redes existentes no Brasil, 433 possuem modelo de microfranquias.

    Com base nos estudos trimestrais da entidade e em dados macroeconômicos, a ABF estima que o crescimento do faturamento do setor em 2015 fique entre 7,5% e 9,0%. Já o número de marcas deve aumentar 8% e o de novas unidades, crescer entre 9% e 10%.

    Essas projeções poderão ser atualizadas ao longo das pesquisas trimestrais de 2015 devido as alterações da economia e da consequência das restrições hídricas e energéticas que o País enfrenta.

    “Nosso objetivo é continuar municiando o mercado com dados fidedignos para que todos os seus atores tenham subsídios para a tomada de decisão ao longo dos próximos 12 meses”, afirma Cristina Franco e conclui: “Os números da indústria do franchising confirmam que somos um setor amadurecido que está fazendo a sua parte nos esforços da sociedade para o desenvolvimento da Nação”.

    (Redação – Agência IN)

    Fonte: http://www.investimentosenoticias.com.br/financas-pessoais/franquias/franchising-brasileiro-fatura-r-127-331-bilhoes-em-2014

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